Numa noite escura e de temporal, estava uma escultural loira de nome Laura na beira duma estrada secundária mal iluminada a pedir boleia.
Nenhum carro passava, e a tempestade estava tão furiosa que ela não conseguia ver dois palmos à frente do nariz.
Subitamente, Laura viu um carro aproximar-se dela e parar. Radiante, saltou de imediato para dentro do carro, fechando a porta, e deparou-se com o facto de não haver ninguém no banco do condutor.
O carro reiniciou então a marcha, lentamente, e Laura olha para a estrada e vê uma curva aproximar-se, estando o carro a dirigir-se para ela perigosamente.
Aterrorizada, e ainda mal refeita do choque de se encontrar num carro fantasma, começa a rezar fervorosamente para que a sua vida seja poupada.
E é nesse instante, quando a curva se encontra a apenas uns escassos metros do carro, que uma mão surge da janela do carro e move o volante.
Paralisada de terror e medo, continua a observar as constantes aparições da mão, antes de cada curva do caminho.
Até que, reunindo as escassas forças que ainda possuía, salta do carro rebolando pela estrada, levanta-se e vai desesperada a correr para a cidade mais próxima.
Cansada, encharcada e em estado de choque, entra num café onde emborca de imediato duas bebidas: um Martini e Blood Mary, relatando debilmente o que lhe tinha acontecido, perante o olhar estarrecido dos outros clientes.
Logo depois dois homens entram no mesmo café, absolutamente encharcados, exclamando então um para o outro:
-Olha lá, não é aquela loira doida que entrou no nosso carro quando o estávamos a empurrar?